O projeto Raízes promoveu 5 reuniões setoriais 19 a 21 de Setembro, nos três concelhos da ilha, com atores de diferentes setores, para identificar problemas e possíveis soluções, tendo em vista a construção de um Plano de Ação para o turismo sustentável em Santo Antão.
Agricultura e desenvolvimento rural; património natural e áreas protegidas; património cultural e artesanato; educação e operadores turísticos foram os cinco setores abordados individualmente em cada uma das reuniões, por forma a identificar possíveis soluções para problemas específicos.
Segundo o coordenador do Projeto, Jorge Revez, estes encontros permitem identificar, de forma direta, as opiniões daqueles que estão no terreno e enfrentam no dia-a-dia os problemas resultantes do turismo. ”Em Santo Antão o turismo ainda é uma criança. Está a nascer o turismo na ilha, daí que é natural ter ainda um conjunto de problemas e, como é óbvio levam tempo para serem resolvidos. Por outro lado possibilita a troca de experiência entre os agentes”.
Caminhos vicinais em mau estado, saneamento, desorganização na zona portuária do Porto Novo, o mau atendimento nos serviços hoteleiros, foram algumas das dificuldades evidenciadas nos encontros.
“Esses problemas, como é óbvio, são incompatíveis com o turismo que se quer na ilha. Estamos a trabalhar e, é preciso alertar/ sensibilizar para debelar esses problemas. A ilha tem progredido neste sector, daí é necessário trabalhar para minimizar os obstáculos.”
Questionado sobre os constrangimentos e a posição do Raízes, que tem como foco a promoção de um turismo sustentável em Santo Antão, Jorge Revez considera que Santo Antão não pode concorrer com o turismo existente nas Ilhas do Sal e Boa vista, mas pode desenvolver o turismo de natureza, procurado por outro tipo de público.
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